sexta-feira, 21 de setembro de 2012

4 passos para abrandar

COMO REDUZIR O RITMO DO NOSSO DIA A DIA?

Cada um terá as suas prioridades. A minha é ser feliz. Para ser feliz tenho que ter tempo para os meus filhos, para mim, para o meu marido, para o trabalho e para a casa. Por esta ordem. Mas para ter tempo de qualidade para os meus filhos, para mim e para a família no seu todo, não posso estar em stress. Eu costumo dizer que devemos relativizar e não stressar. Mas como referi aqui andamos sempre a 1000 à hora e não sabemos abranar.

Poderá haver algumas estratégias para lidar com a hiperatividade a que somos forçados no nosso dia a dia.

PASSO 1: Reduzir o n.º de coisas para fazer


Tal como destralhamos a casa,devemos destralhar a nossa vida. Ou seja, quais são as atividades que são mesmo necessárias, que têm mesmo que ser feitas, e que têm de ser feitas por nós?

Temos que pesar os prós e contras de cada atividade:
Se a casa tiver menos tralha e lixo então há menos para arrumar.

Será que os miúdos aprendem mais na aula de informática ou em casa fazer atividades e jogos com os pais no computador? Os miúdos precisam de tempo não ocupado com atividades estruturadas. Precisam de tempo para se desenvolverem longe das regras dos adultos.

Se não tenho tempo para praticar desporto que tal tentar ter uma vida saudável, subir e descer escadas, e fazer desporto com menos regularidade. Sim, porque se praticar desporto me deixa ansiosa por ter pouco tempo, então os seus benefícios poderão não compensar a ansiedade que provoca.


São opções.

PASSO 2: Repartir as tarefas

Tal como no trabalho devemos delegar, sempre que podemos. Em casa também devemos repartir tarefas, e não é só entre o casal mas também com os filhos.

Se os miúdos se tornarem independentes mais cedo então libertam-nos de muitas tarefas ou conseguimos apenas supervisionar enquanto fazemos outras coisas.

Os meu filho mais velho, que tem quase 7 anos, já faz a maioria das coisas sozinho. E quando me pede ajuda tento ensiná-lo ou analisar como adaptar as coisas por forma a que da próxima vez possa fazer sozinho. Por exemplo colocar as coisas do peqeno-almoço à mão dele.

Em relação aos trabalhos da escola também o ensinei a fazer sozinho, sendo que o meu papel é apenas de correção. Parece-me que há miúdos que se habituam a fazer tudo com os pais e que depois não coseguem estudar sem a ajuda deles. Não somos nós que fazemos os testes, são eles. O que importa é que eles aprendam, não só a matéria, mas a ter método de estudo.

A pequena de dois anos, é tão independente que atrapalha mais do que ajuda. Come sozinha, quer arrumar tudo (e desarrumar também). Mas o que interessa nesta idade é criar desde logo os hábitos e responsabilizar para ajudar em casa, mesmo que mal feito e que tenhamos que ir por trás fazer de novo.

Coloquei à porta de casa 3 cestos de arrumação para que possam deixar as suas coisas arrumadas mal chegam a casa. E no caso dela, nada pode "cair" no seu cesto, que diz logo "É meu!". Eles aprendem depressa!

Mas além de ensinar os miúdos a serem independentes também devemos ensiná-los a fazer algumas tarefas, o mais cedo possível.
Por exemplo:
  • Pôr a mesa;
  • Fazer as camas;
  • Levar a roupa suja para a máquina;
  • Arrumar os brinquedos e roupa;
  • Estender a roupa;
Segundo dizem, a minha casa funciona num regime de exceção, e também dizem que tenho muita sorte, porque o meu marido ajuda e cozinha. Eu fico muito contente pelo meu marido cozinhar e bem, mas também considero que isso não deveria ser a exceção. 
Não me interpretem mal, não estou a ser mal agradecida. Só não entendo é como é que numa sociedade moderna ainda se acha normal que a mulher tenha que arcar com todas, e digo mesmo TODAS, as tarefas domésticas e familiares, sendo que tem na maioria dos casos, as mesmas ou mais responsabilidade do marido no mundo do trabalho.

Por isso em minha casa temos divisão total de tarefas, quer na vida doméstica como relativamente às crianças. Pelo que não cozinho, não arrumo a cozinha e não vou às compras. Também dividimos a tarefa de levar as crianças à escola. E agora também, e felizmente, já não sou eu a levar o mais velho à natação. E por vezes não sou eu que corrijo os TPCs.

PASSO 3: Ser eficiente

Não falo de fazer à pressa, mas sim de fazer bem. Por vezes estamos a fazer algo da forma mais demorada, distraímo-nos com qualquer coisa e ficamos o dobro do tempo para fazer o mesmo.

Eu costumo ser assim. Planeio fazer uma tarefa em 30 minutos, pelo meio recebo um telefonema que demora 30 minutos e acabei por não fazer nada. Recebo um mail que me leva a consultar algo na net e já agora vamos lá ver se há novidades no facebook, e opps! passou mais meia hora e ainda tenho tudo por fazer. Passo junto da TV e vejo que está a dar um programa que me interessa e penso, porque não ficar a ver, depois logo faço isto!

Para ser eficiente temos que ver qual a melhor forma de organizar a nossa rotina diária. E depois podemos também reservar um tempo para o telefonema com os amigos ou para navegar na net, ou ver TV, pois podemos sempre gravar os nossos programas favoritos. E nenhum amigo fica chocado se dissermos: Olha agora estou aqui a acabar de fazer algo que não posso largar, já te ligo, ou liga-me dentro de 20 minutos.

PASSO 4: Pedir ajuda

Como aqui disse, os avós são uma ajuda preciosa. Se houver avós ou tios disponíveis, porque não perguntar se podem ir buscar os miúdos à escola uma vez por outra.

Se a avó gosta de ficar com os netos durante o período de férias e os miúdos gostam de ficar com a avó, porque não usufruirmos de uns momentos de vida de casal sem filhos, durante a semana.

Também os vizinhos, ou pais dos colegas dos miúdos se podem ajudar uns aos outros. Ficam todos a ganhar,os miúdos continuam a brincar uns com os outros e os pais que já teriam que ir buscar um filho levam dois e assim mantêm os miúdos ocupados.

Temos que manter a nossa sanidade mental para que possamos aguentar a nossa rotina diária. Assim, nada de mal vem ao mundo se certo dia deixar o quarto dos miúdos virado do avesso, se o jantar for salsichas com batatas fritas de pacote, se faltarem um dia à natação, se não fizermos desporto durante uma semana inteirinha porque estamos cansados.

E o mais importante é termos tempo para fazer o que realmente nos interessa e nos faz ser felizes.

Simplesmente...Zen!

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